Movimento motivado pelos comentários das agências de rating sobre downgrade
A Bovespa teve um pregão enfadonho, todo o tempo em trajetória negativa, mas com poucas oscilações. O clima de aversão a risco que tomou conta dos mercados em razão do noticiário ruim no exterior também pesou nas ações domésticas, que acabaram corrigindo boa parte dos ganhos da véspera. A queda começou na Ásia, passou pela Europa e chegou à América, decorrente da volta das preocupações com Dubai, do rebaixamento do rating da Grécia e dos dados econômicos fracos na Europa. Entra ainda nesta contabilidade o alerta da Moody's de que Estados Unidos e Reino Unido precisam reduzir o déficit elevado para não colocar o rating AAA em risco.
O principal índice do mercado doméstico de ações terminou em queda de 1,14%, aos 67.728,51 pontos. Na mínima, registrou 67.470 pontos (-1,52%) e, na máxima, operou estável, aos 68.511 pontos. No mês, acumula ganho de 1,02% e, no ano, de 80,37%. O giro financeiro somou R$ 6,176 bilhões. Os dados são preliminares.
A agência de classificação Moody's deu uma forte contribuição para o clima ruim desta terça-feira, ao rebaixar os ratings de todos os seis emissores relacionados ao governo de Dubai e também ao afirmar que os Estados Unidos e o Reino Unido precisam provar que podem reduzir o enorme déficit para evitar ameaças aos ratings de crédito AAA.
Na Europa, outra agência de risco, a Fitch, rebaixou o rating da Grécia - que, no entanto, não perdeu o grau de investimento - e, para completar, dados da produção industrial da Alemanha e do Reino Unido vieram piores do que as previsões.
Fonte: Estadao.com.br em 08/12/2009 às 22h08
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