sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Relatório Econômico Julho - Brasil

Provavelmente encerrando a tendência de queda na taxa Selic, o Copom cortou mais uma vez a taxa básica de juros da economia brasileira em 50b.p. (basis points; 10 basis points = 0,10%) mantendo-a no patamar mais baixo da história em 8,75%a.a. As previsões do mercado indicam que a taxa agora deverá ficar estável até o fim deste ano e, podendo ainda ser reduzida, deve voltar a se elevar apenas no próximo ano.
Devendo pautar seu crescimento na demanda interna, espera se que o PIB brasileiro tenha crescimento próximo de 0%, contudo o primeiro semestre não se mostrou muito bom para as vendas no varejo. Apesar de crescimento de 4,4% no volume de vendas, os destaques positivos no semestre foram para os setores de equipamentos e material para escritório/informática (+16,7%), artigos farmacêuticos, medicamentos e perfumaria (+11,8%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (+9,5%) . Em junho o volume de vendas teve um bom desempenho aumentando 5,6% com relação ao ano anterior. Dados divulgados pelo IBGE revelam que o desemprego no país caiu de 8,8% em maio para 8,1% em julho.
A inflação medida pelo IPCA avançou abaixo das expectativas, segundo dados da ANDIMA, 0,24% enquanto o IGPM já acumula queda de 1,66% em 2009 com a quinta queda consecutiva em Julho, -0,43%.
Também o câmbio tem ajudado no aumento da demanda interna por produtos importados. O dólar comercial atingiu menor valor desde Setembro de 2008 época da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers.
Apesar dos bons resultados corporativos, uma notícia que prejudicou uma grande empresa, foi a multa recorde de R$352 milhões aplicada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) na AMBEV, subisidiária da maior cervejaria do mundo. Os resultados corporativos impulsionaram a Bolsa de Valores de São Paulo em Julho, fazendo com que o principal índice avançasse 6,41%.

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