quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O que são Fundos de Investimento em Ações?

Como explicamos anteriormente, Fundos de Investimento são constituídos pelos recursos de pessoas que tem um objetivo em comum, porém não recursos ou conhecimento suficientes para investir individualmente. Os Fundos de Investimento em Ações – FIA - da mesma forma refletem essa realidade, quando as pessoas não têm tempo, recursos ou conhecimento suficiente para investir em ações, mas ainda assim querem este produto de investimento em suas carteiras, elas podem procurar um distribuidor de fundos, como um banco ou um agente autônomo, e aplicar num fundo que possuirá um gestor especializado.

A principal característica dos FIA’s é que sua carteira deve ser formada de pelo menos 67% de ações ou outros tipos de ativos ligados diretamente a ações (recibos de subscrição, cotas de outros fundos de ações BDR’s nível II ou III, entre outros. De forma que o principal fator de risco de sua carteira seja a variação de preços de ações negociadas no mercado à vista da bolsa de valores ou do mercado de balcão organizado.

Contudo, entre si os fundos de ações podem diferir em sua estratégia, daí a importância de se ler a lâmina e o prospecto do fundo, pois é neles que estarão descritas a estratégia do gestor e os tipos de ativos que farão parte da carteira do fundo. Um fundo de ações pode ter dois tipos de estratégia de gestão:

  • Fundo Passivo: onde o gestor replicará, igual ou muito semelhante, a carteira de um índice de ações (Ibovespa, IBX, IGC, etc.) de forma a conseguir rentabilidade muito semelhante a este indexador.
  • Fundo Ativo: uma gestão ativa significa que o gestor do fundo possui uma estratégia diferenciada para este fundo onde ele tentará superar algum dos índices de ações. Este tipo de fundo em geral pode ter muita concentração em determinados ativos, por isso é importante ficar atento e ler o regulamento do fundo, questionando sempre que houver dúvidas, afinal, você é o investidor.
Vale a pena ficar alerta para aqueles fundos que investem apenas numa ação. Um fundo é reconhecido por seu nome, da mesma forma seria um fundo chamado “Petrobrás FIA Mais”, significa que é um fundo de investimento em ação que investe a maior parte de sua carteira em ações ligadas a Petrobrás. Geralmente este tipo de fundo é passivo e só consegue rentabilidades inferiores a da própria ação, sendo às vezes mais vantajosa a aplicação direta nas ações da empresa.

No geral, o maior ponto positivo de fundos de ações é que quando possuímos poucos recursos e queremos uma carteira de ações diversificada e com uma gestão profissional, com fundos de investimento em ações isso é possível.

Falaremos ainda muito mais sobre fundos de ações e alguns fatores que definem bons fundos, por enquanto é tudo, continuem nos enviando suas perguntas que buscaremos respondê-las o mais rápido possível.

Grande abraço.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que é Bolsa de Valores?


A estrutura de uma verdadeira bolsa de valores começou a ser formada muito tempo atrás na Europa, na época os comerciantes negociavam entre si títulos e fundos públicos. Contudo, somente no século XVIII é que as bolsas começaram a atingir tamanho desenvolvimento que passou a exigir grandes regulamentações e fiscalizações.

No Brasil o crescimento da bolsa de valores é “recente”. Acompanhando o desenvolvimento econômico, as empresas e bancos sofreram melhorias em suas estruturas financeiras, de modo que a busca por crédito e capitalização – aplicação que gera juros - começou a vislumbrar novos horizontes.

As bolsas de valores sempre possuíram os mesmos objetivos, somente suas estruturas e formatos operacionais é que evoluíram. As bolsas de valores, no
Sistema Financeiro Nacional, são tidas como instituições auxiliares, sendo organizações estruturadas para a efetiva negociação de títulos e valores mobiliários de forma justa e regulada, fornecendo condições igualitárias a seus participantes e dando liquidez aos ativos nela negociados, precificando-os de acordo com as condições de oferta e demanda.

A principal bolsa de valores brasileira é a Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo – recém estruturada juntando-se a BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros – criando a Nova Bolsa BM&F Bovespa S.A. onde são negociadas ações, títulos e contratos referenciados em ativos financeiros e físicos, também com liquidação futura.

Para melhor acompanhamento dos investidores as bolsas de valores criaram índices que resumem uma média dos negócios nela ocorridos, os principais índices brasileiros e internacionais são:

  • Ibovespa (Brasil)
  • IBX ou IBrX (Brasil)
  • IBrx-50 ou IBX-50 (Brasil)
  • NYSE (New York – USA)
  • NASDAQ (USA)
  • Dow Jones Industrial (USA)
  • FTSE-100 (Londres)
Em breve falaremos um pouco sobre cada um desses índices e o que eles representam. Esperamos conseguir suprir as dúvidas e satisfazer nossos leitores.

Obrigado e continuem acompanhando.

FEED YOURSELF...with knowledge.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Palestras Gratuitas: Finanças e Oportunidades da Área de Negócios


Com Assaf Neto


A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), ligada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, realizará nos dias 26 de janeiro e 24 de fevereiro, às 19 horas, palestras gratuitas em Jundiaí para apresentar o Curso de Especialização em Contabilidade, Controladoria e Finanças (Cefin) que passa a ser oferecido em Jundiaí a partir de 2010 com apoio da Kassai Consultores.

No dia 26 de janeiro, o professor da FEA, Edgard Cornachione, fará a exposição “Muito além dos números: Desafios e Oportunidades para o profissional da área de negócios”. A palestra do dia 24 de fevereiro é “A carreira profissional em finanças e as finanças das empresas no Brasil”, e será ministrada pelo professor da FEA, Alexandre Assaf Neto.

As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (11)2184-2020.

Fonte:
Agência USP de Notícias

O QUE É O MERCADO MONETÁRIO?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Resumo do Mercado Financeiro Nacional - 2009



Um objetivo bem definido para 2009 era o de recuperar os prejuízos de 2008 e evitar a “marolinha” da crise financeira que se iniciou nos Estados Unidos. Da mesma forma que os outros Bancos Centrais espalhados pelo mundo, o BCB entrou com medidas de estímulo a nossa economia, apesar da “marolinha” vimos uma grande redução do IPI sobre veículos e sobre eletrodomésticos da linha branca.

Da mesma forma, outra medida de aquecimento econômico foi a de redução da taxa de juros básicos da economia, que no início do ano estava em 13,75% a.a. e foi reduzida em cinco cortes para 8,75% a.a. a menor taxa já registrada em nosso histórico econômico. O
CDI refletiu a redução dos juros e sua taxa em 2009 foi de 9,88%.

Após alguns trimestres de contração no PIB — sigla no
Produto Interno Bruto — o Brasil começou a apresentar leve crescimento, bastante puxado pelo consumo interno.

No cenário corporativo o ano ficou marcado por inúmeras fusões e aquisições, conhecido como segmento de M&A (na sigla em inglês - 
Merger and Acquisitions). O Banco do Brasil, que já havia incorporado a Nossa Caixa, compra agora grande participação no Banco Votorantim e se aproxima do líder Itaú-Unibanco no ranking dos maiores bancos do país em ativos (R$). Incorporando um grande concorrente, a Caixa Econômica Federal, comprou mais de 30% do capital do Banco Panamericano, um banco do grupo Silvio Santos focado em empréstimos. Além disso, duas das mais significativas incorporações foram a da Sadia e Perdigão, criando a gigante multinacional brasileira BRF Brasil Foods, enquanto do lado do varejo foi a compra das Casas Bahia pelo Grupo Pão de Açucar. Vemos estes movimentos como uma consolidação de empresas fortes e representativas no mercado e que vêm com boas perspectivas de crescimento.



O mercado acionário já começou a precificar o futuro das empresas e avançou 82,66%, começando a romper as barreiras psicológicas e avançar para patamares pré-crise, em 2008, já no início deste ano novo. 2009 foi ano de problemas nas “teles” onde tivemos  como destaque os serviços da Telefónica e a nova regulamentação da Anatel sobre as TV’s por assinatura que derrubou as ações da NET.


A inflação medida pelo IPCA foi mantida sob controle e ficou colada ao centro da meta estabelecida pelo Banco Central de 4,5%, encerrou 2009 com acumulo de 4,31% . IGP-M teve forte contração, de -1,71%, bastante puxado pelos preços dos produtos importados que caíram junto com o dólar.

As perspectivas para este ano são de aumento na demanda interna, fortalecendo o crescimento da economia que deve chegar aos 5%, esforço na indústria para acompanhar a demanda, a produção industrial deve crescer 8% em 2010, na contramão da queda de mais de 7% em 2009.

Na bolsa de valores a melhora deve continuar, não com tanto folêgo, mas segundo analistas o Índice Bovespa deve alcançar os 85 mil pontos este ano, com uma valorização de aproximadamente 20%, enquanto no segmento de renda fixa a Taxa Selic deve fechar 2010 aos 11% a.a., talvez voltando a ser a mais alta do mundo.

Desejo a todos um maravilhoso ano e com muito sucesso financeiro e pessoal.

Bons investimentos a todos, qualquer dúvida nos procure.


Um abraço.